Por Daiana Alves
O amor será um sentimento ou fruto da razão? Há quem diga ser um sentimento em relação ao outro, mas há quem diga que não, que o amor não pode ser um sentimento. Então fique comigo até o final para desvendarmos este mistério.
Mas antes de chegarmos a uma conclusão quero contar algumas histórias.
O filho chega em casa e diz a sua mãe:
─ A senhora não me ama, pois não preparou meu lanche!
O marido por sua vez não se sente amado, pois sua esposa nunca faz um elogio ressaltando suas qualidades, pontos fortes e até mesmo sua virilidade.
Já a esposa, por outro lado, não se sente amada, pois, seu esposo nunca a leva para jantar ou fazer aquela viagem que ela está sempre cobrando.
O que há de comum nessas três histórias?
Ninguém se sente amado o suficiente pelo outro, mas será que de fato eles não estavam amando?
Bom a essa altura do texto você deve estar dizendo: ah eu tinha razão, o amor é um sentimento.
Vamos a mais uma história…
Certo casal de idosos casado há cerca de 40 anos, em um belo dia durante o jantar o marido resolve declarar algo a esposa e diz:
Sabe meu amor, eu sempre te deixo a coxa do frango porque sei o quanto você gosta, ao que a esposa responde: ─ ah meu marido eu também te deixo o peito de frango, pois sei que gosta muito, mas eu não gosto das coxas de frango, só as como para que você possa comer o peito. O marido responde - eu não gosto do peito eu gosto mesmo é da coxa, venho comendo todos esses anos o peito porque achei que você não gostava.
Essa história é até engraçada, fala um pouco de sacrifício e abnegação em relação ao outro, da vontade de amar o outro a ponto de abrir mão daquilo que gosta para fazer o outro feliz, embora vamos se dizer assim, houve uma falha de comunicação em demonstrar esse amor.
Você deve estar se perguntando, tá, mas o que você está querendo dizer com esta história toda?
Amar não é só receber o que esperamos, mas também é dar e reconhecer gestos do outro como demonstração do seu amor.
Amar é uma vontade intencional em relação ao outro, seja marido ou mulher, o filho ou os pais, até mesmo ao um amigo ou colega, o amor é algo que exige uma ação de nossa parte eu quero amar, e para amar o outro é preciso conhecer — lo, saber seus gostos e preferências e isso inclui saber como o outro se sente amado, e para que eu me sinta amado, é preciso que outro saiba o que eu gosto e como me sinto amado, ou seja, qual a minha linguagem do amor, além, de reconhecer nos gestos do outro o seu amor para comigo.
Pense na mãe que não ama o filho... difícil né? Mas por que isso acontece? Porque a mãe ou o pai decide amar o filho independente do que aconteça. Mas em uma relação a dois esperamos sentirmos amados pelo outro e muitas das vezes nos frustramos por isso, por não conhecer a linguagem de amor um do outro.
O amor que brota mediante uma admiração pela pessoa amada, e nos faz querer demonstrar esse amor por meio de gestos e atitudes a ponto de então decidimos amar a pessoa por resto de nossas vidas e chegamos assim a um namoro, noivado e até mesmo ao casamento.
Alguns continuam falando a linguagem de amor um do outro e casamento flui, já aquele que decidem amar o outro e continuam se sacrificando pela pessoa amada sem mesmo se sentir amado o casamento pode até ir bem, como na história do casal que contamos, mas para alguns o amor parece ir embora, pois já não se sentem amados(as).
Quantas vezes você não se sentiu amado(a), mesmo fazendo tantos sacrifícios pelo outro.
Isso tem muito a ver com aquelas três historias que contei no início do texto.
Mas por que isso acontece? Porque o outro deixou de falar a sua linguagem do amor. Lembra quando o outro para te conquistar ou até mesmo você para conquistar ao outro falava palavras que agradava ou de valorização? É uma linguagem — palavras de afirmação.
Quando vocês andavam de mãos dada ou abraçados juntinhos — é outra linguagem de amor, a do toque.
Aqueles presentes que ele te trazia, podia ser uma rosa ou ma carta, te deixa feliz, lembra como você se sentia? Era bom não era? Essa é a linguagem dos presentes.
Ele te levava para comer em vários lugares, fazia piquenique com você e ouvia tudo o que você tinha a dizer, às vezes ficavam horas e horas conversando no portão ou ao telefone, ah! Era bom! Essa linguagem é tempo de qualidade.
No início do relacionamento você sempre o ajudava a lavar o carro e era divertido fazerem isso juntos, às vezes, você vinha com aquele pudim e dizia toda feliz: olha o que fiz para você! Esse são atos de serviços, que compõe as 5 linguagens do amor.
Conhecer a sua linguagem de amor e de seu companheiro se faz importante, geralmente demonstramos amor na nossa linguagem de amor, por isso quando fazemos tantas coisas pelo outro e não recebemos ajuda no mesmo nível que damos não nos sentimos amado, pois nossa linguagem de amor provavelmente é atos de serviços.
Quando você se esforçava em saber assunto dos quais ele gostava, além de, ouvir atentamente você participava da conversa com ele — ele sentia amado, nesse caso a linguagem dele era tempo de qualidade, e era fácil para ele te amar uma vez que ele se sentia amado.
Mas em suma o amor não é apena um sentimento, é uma decisão de amar a outra pessoa, que originada de um sentimento gerado de algum tipo de admiração, seja ela física ou não, e que nos leva em direção ao outro.
Por isso quero aqui lembrar que o amor se trata de saber doar e receber amor, reconhecer nos pequenos sacrifícios feitos no dia a dia, que muitas das vezes nem notamos, e o outro pode estar nos dando amor.
Se você quiser conhecer mais sobre as linguagens do amor, te convido a ler o livro As 5 linguagem do amor do Dr Gary Chapman.
Você pode também acompanhar outras postagens aqui no blog, onde falaremos mais a respeito desse e de outros assuntos que lhe possam interessar.
Um grande abraço!
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